O prefeito Luis Carlos Ypê participou, na noite da última terça-feira (14), em Visconde de Mauá, da audiência pública sobre a estrada-parque Capelinha-Mauá, juntamente com o subsecretário estadual de urbanismo, Vicente Loureiro, e outras autoridades, além de um grande público da comunidade. A estrada-parque é a primeira obra do Programa de Desenvolvimento do Turismo (Prodetur) a ser desenvolvida no estado, e a primeira do tipo a ser construída no país, e ganhou esse nome porque une a qualidade de tráfego com a proteção ao meio ambiente, valorizando a paisagem serrana da região. A previsão do governo estadual é que a rodovia fique pronta até o final do ano que vem.
No encontro em Mauá, Vicente Loureiro disse que a estrada-parque irá favorecer muito os moradores, que ganharão uma via com qualidade e segurança, e também os turistas, que terão o acesso facilitado às vilas de Mauá (Resende), Maringá e Maromba (Itatiaia), e que o estado tem a preocupação de fazer uma obra pensando na preservação ambiental. O projeto prevê passagens subterrâneas e aéreas para evitar o atropelamento de animais, chamadas de “bichodutos”, e uma série de mirantes que permitirão uma melhor apreciação do vale, com suas belas montanhas.
– Essa é uma região importante para o turismo fluminense, porque reúne a paisagem rural, uma área de preservação e belas cachoeiras. Queremos incentivar a vocação turística daqui, criando postos de trabalho e geração de renda para a população. Mas, acredito, os principais beneficiados serão os moradores, que terão uma estrada que irá garantir o direito de ir e vir com segurança – ressaltou Loureiro na reunião.
Para o prefeito Luiz Carlos Ypê, a estrada-parque será um indutor de novos investimentos e trará mais tranqüilidade para a comunidade local, que ficará menos isolada do Centro do município, com um acesso de qualidade. O prefeito já fez várias reuniões com aquelas comunidades, juntamente com diversos secretários municipais, para saber o que pensam os moradores e o que mais precisam da prefeitura, e já atendeu a várias reivindicações.
A OBRA – A estrada-parque de Mauá terá largura entre 6 e 8 metros, pavimentação asfáltica com polímeros (não poluente e que irá garantir uma vida útil de pelo menos 15 anos para a rodovia), contenção das barreiras com taludes, recuperação da vegetação original e deques projetados em algumas áreas de mirante, para que a população possa ter uma visão mais abrangente dos vales do Paraíba e do Rio Preto. Na Capelinha será construído um pórtico.
Os moradores da região também pedem uma integração dos projetos de saneamento básico e urbanização das localidades com o município de Bocaina de Minas, em Minas Gerais, que faz divisa com os municípios do estado do Rio, como Itatiaia. O subsecretário estadual de urbanismo garantiu que há uma disposição do governo fluminense de ajustar os projetos com o governo mineiro, para que todos saiam ganhando. As obras de saneamento na região irão garantir a preservação dos mananciais da bacia do Rio Preto.
fonte: Prefeitura de Itatiaia http://www.itatiaia.rj.gov.br/
Tags: asfalto, estrada parque, RJ-163
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on domingo, julho 19th, 2009 at 17:20 and is filed under Asfalto: Estrada-Parque, Blog Turismo, Noticias.
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A estrada-parque reune as vantagems de uma estrada de asfalto com as vantagens da antiga estrada de terra. Foi planejada para preservar o meio ambiente, impedir que pessoa demais vão para Mauá, com velocidade máxima para evitar perigos para animais e para os próprios motoristas.
Eu já vi muita situação perigosissima na BR-354 Engenheiro Passos – Itamonte, devido à imprudência dos motoristas de ultrapassar nas curvas, andar com excesso de velocidade, etc. Morre muita gente em acidentes.
Se o plano der certo, vai valorizar muito Visconde de Mauá!
Srs, Sou totalmente contra o asfalto, acredito que a necessidade de se melhorar a qualidade de vida dos habitantes e comércio local é gerar saneamento básico para TODOS, a criação de ao menos 01 hospital na região e ao menos nas áreas mais isoladas ao menos 01 Pronto Socorro. Muito mais importante que asfalto é a criação ou investimento nas escolas. O policiamento é outra questão ausente em Mauá, vimos policiais extremamente mal encarados e com total falta de amabilidade para com os turistas neste inverno de Julho de 2009 . O turista de qualidade – o ECO-TURISTA – é justamente aquele que se propõe a subir a Serra de Estrada de Terra ( alhiás só complementando a questão investimentos, não vimos sequer um policial rodoviário para impedir os verdadeiros “pilotos de rally” que ali se encontram, disputando rachas em plena serra…), pois já vimos todas essas promessas junto a Monte Verde (MG), e Campos do Jordão (SP), outras estâncias turísticas de inverno, que se encontram totalmente abandonadas pelos poderes públicos Municipal e Estadual após tantas promessas… Acho muito mais produtivo o investimento das necessidades básicas à investir R$$$ em asfalto !!! Solução muito mais simples seria privatizar a Rodovia. Grato.
Fernando, todos os pontos colocados por você são válidos.
Seria maravilhoso um investimento em saúde, policiamento, hospitais, escolas.
Os pilotos de rally apostando corridas perigosas na serra, eu pessoalmente ainda não os encontrei, graças a deus.
Mas eu encontrei motoristas perigosissimos em outras estradas de serra, alfaltadas, como Engenheiro Passos- Itamonte, causando ocasionais acidentes com mortes.
A estrada de chão com quebra-molas naturais, já embutidos na estrada, parece prevenir corridas muito perigosas.
Por isto achei interessante a proposta de um limite de velocidade absurdamente baixo, de 40 km por hora. Será que isto vai funcionar? E claro, assim a viagem Resende Maringá continua sendo de 1 hora, pelo menos.
O problema, Fernando, é que o seu ecoturista valioso precisa possuir um Jeep de alta qualidade, ou um fusca ou outro carro robusto e de fácil conserto. Ainda a cada viagem, ao chegar em Mauá e após sair, uma boa limpeza geral do carro tirando lama e poeira. E morador tem que fazer esta manutenção constantemente.
Na realidade, muito turista e muito morador estão cansados de problemas da estrada. Nos hotéis tem muita reclamação sobre a estrada, e perde-se muito cliente.
Mauá já não é mais aquele vilarejo de 25 anos atrás. Ja cresceu. Talvez o ecoturista sério, em busca de solidão, tem que buscar acampamentos nas Agulhas negras ou procurar outros paraisos ecologicos após de Mirantão ou em outros locais abandonados.
O grande problema de facilitar o acesso à Visconde de Mauá é simplesmente o fato de que muitas pessoas vão querer morar lá. É isso mesmo! A resposta é que a ocupação dessas areas deveria ser muito restrita e cuidadosa e infelizmente não ocorrerá grande cautela por parte do poder público. Nós ainda estamos no Brasil! E o país ainda nao mudou! Tenho como exemplo Nova FRiburgo que vi em 8 anos transbordar em favelas. Pode se ter muitas explicaçoes: deixar construir para nao perder votos, ou mesmo falta de fiscais ou corrupçao. Não importa o motivo, nós sabemos como as coisas funcionam. Como eu falei qto mais pessoas indo morar lá mais casas e mais poluiçao, num lugar que nao comporta a poluiçao. Logo, logo a regiao mais bonita do RJ nao tera mais Rio preto limpo. E os hóteis que tanto querem o asfalto, depois vao ter que pedir para o governo dar a eles um rio limpo de novo.
Que a sua advertência seja o motivo para os hoteleiros, as associações, e o poder público fazer planos para evitar isto. Espero que os interesses por ordem em Mauá sejam suficientes para evitar favelas desorganizadas.
Um prerequisito para construção da estrada era a construção da rede de esgoto local, o que foi feito.